Saudade da querência.

das prosas de galpão,

do churrasco gordo,

do chimarrão e de outras coisas mais ...

Da gaita tocando,

da gauchada dançando

e do alvoroço dos animais.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

AS GAÚCHAS



Gaúcha não aparece, chama a atenção...
Gaúcha não entra em fila, é patroa.
Gaúcha quanto mais xucra, mais doce.
Gaúcha não aproveita, curte.
Gaúcha não beija, ensina.
Gaúcha não chama, convoca.
Gaúcha não fala, encanta.
Gaúcha não chega, marca presença.
Gaúcha não pega qualquer um, escolhe a dedo.
Gaúcha de qualquer ponto de vista é mais mulher.
Gaúcha não é moda é tradição
Gaúcha não acha, tem certeza.

sexta-feira, 20 de maio de 2011


RECEBI UM E MAIL DE MINHA ESTIMADA A,MIGA NILZA QUE,PELAS VERDADE QUE EXPRESSA, DEVE SER DIVULGADO, MESMO SEM HAVER PEDIDO AUTORIZAÇÃO AO SEU ILUSTRE AUTOR
]"Há muito venho pensando no que se faz da nossa cultura...
Temos tradição, temos história, temos costumes próprios e os valorizamos. Entretanto, parece que a todo momento tentam nos aculturar...
Qual o espaço que os nosso modo de ser ocupa na mídia hoje em dia?
Será que é certo aturarmos a Regina Casé (e seus sambabacas) no domingo de meio-dia, enquanto o nosso Galpão Crioulo foi literalmente “chutado” para um horário que ninguém praticamente assiste, já que domingo é dia de descanso e a maioria aproveita pra dormir um pouco mais. Tá bem que o Neto Fagundes não tem o mínimo carisma e aínda mais com aquele rabinho de cavalo ridículo.
Todos sabem que existem pessoas aquí no estado com capacidade suficiente para fazer um programa de qualidade. Abram espaço para eles! Por favor, salvem nossa verdadeira cultura!
Não precisa ser um gênio pra perceber que recentemente no programa da Regina Casé levaram um grupinho sofrível de dança gaúcha pra dançar pro Brasil inteiro o quê? O pezinho, uma dança folclórica com significado pra nós, mas que pro resto do Brasil não tem sentido algum a não ser “queimar o filme dos gaúchos”. Se querem mostrar nossa dança porquê não convidam os vencedores do último ENART? Ou será que o objetivo era ridicularizar o gaúcho, “será”?
Não sou contra o samba, mas sou contra nos fazerem de palhaços. Pra completar a referida apresentadora entabulou um assunto com nossos representantes que em nada acrescenta às famílias brasileiras, principalmente no horário de almoço de domingo, quando nossas crianças estão assistindo TV – Tem sex-shop no sul? Você já foi em Sex shop? Tinha calcinha de chocolate? – e o que nos resta é aturar algumas das prendas e peões respondendo, timidamente a esse rol de asneiras.
Cadê nossos festivais? Quando aparecem são no RBS local, não em nível estadual. Como é que nossos jovens conhecerão nossa música, nossa cultura, se nossa principal emissora de TV não dá espaço pros nossos novos músicos e vencedores de festivais atuais?
Excetuando-se as honrosas exceções de Luiz Marenco e César Oliveira e Rogério Melo, que de tão bons conseguem vencer remando contra a maré) , vivemos do passado... de Tropa de Osso, Esquilador, Veterano e etc., os novos nomes da música gaúcha ninguém conhece. E porquê? Por que pra isso não tem espaço... Será que tudo isso não se trata de uma estratégia para “aculturar nosso povo”... “será”? Quando as gerações mais antigas se forem e nossas músicas ficarem esquecidas eles terão conseguido finalmente sepultar nossa cultura.
Porquê será que pra promover o Planeta Atlântida com seus freqüentadores maconheiros, bêbados e viciados de todo tipo tem espaço? Seria essa uma tentativa de emburrecer e viciar nossos jovens.... ”será”? Pra isso a RBS tem espaço. Pra gaúchos "heróicos" que participaram do Big Brother (o supra-sumo do lixo cultural), tem espaço. Ah... ASSIM NÃO DÁ!!!
Cadê o Luiz Carlos Borges? Cadê o João de Almeida Neto? Cadê o Renato Borghetti , o Elton Saldanha, o Marcelo Caminha, o Miguel Marques? Ninguém sabe. Mas a Alcione, a Claúdia Leite, o “Belo”, o Bruno e Marrone, o “sertanejo universitário” ... esses tão todo o dia enchendo o nosso saco.
Esse é o lixo cultural que nós temos recebido como ração, mas que por sermos o estado mais politizado e educado da união, nos recusamos a engolir.
Mesmo o pessoal dos CTGs, nosso último reduto cultural, hoje em dia só ouve atualmente música gaúcha de baile e que... convenhamos, é péssima (com honrosas exceções, como os Serranos e outros).
Me enoja aquelas materiazinhas da RBS na Semana Farroupilha (daí eles lembram e fazem um circo!!!), mandam aqueles apresentadoras bunda mole para fazerem reportagens no Acampamento Farroupilha como se aquilo fosse algo do exterior... parece um programa do National Geographic com os aborígenes de tão estranho. Não conhecem nada, não entendem porra nenhuma e não ficam nem envergonhados de se dizerem gaúchos.
Me perdoem queridos conterrâneos esse desabafo.
Que essa mensagem ecoe nos confins do Rio Grande, e desperte o povo gaúcho da letargia antes que seja tarde. Nossos antepassados delimitaram nossas fronterias à ponta de lança e à pata de cavalo... hoje pisam no nosso pala e... tudo bem? Me recuso a acreditar nisso.
Um Gaúcho cuja paciência acabou faz tempo.
Prof. Dr. Gilson de Mendonça
UFPEL/IB/Dep. de Fisiologia e Farmacologia

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

ORACÃO DO CHIMARRÃO


Foto de riogrande.com.br








Senhor!
Quero agradecer-vos o Dom do chimarrão, fruto da erva-mate. Sua cor verde lembra-me a esperança.
A bomba do chimarrão sugando a água quente é sinal de vida. A cuia arredondada é símbolo de amor universal. A roda do chimarrão representa o calor do coração humano que une o gaúcho. Todos bebem na mesma fonte, na mesma bomba.
Senhor!
Agradeço o Dom do chimarrão como remédio para o corpo e estimulante para o espírito.
Agradeço também as diversas vitaminas e outros elementos provenientes da erva-mate, além de matar a sede, fortifica o organismo.
Senhor!
Fazei-me compreender que tomar chimarrão sozinho perde grande parte de sua eficácia, pois ele é uma espécie de oração ou liturgia comunitária, lembrando a Vossa Palavra: “Onde dois ou mais estiverem reunidos em meu nome, estarei no meio deles”.
Quantas estórias, anedotas e novidades contadas e estudadas ao redor do fogão a lenha espantaram o mau humor. Quantos problemas solucionados e quantas intrigas consertadas.
Senhor!
Quantos casais, famílias e vizinhos conservaram-se unidos por causa do chimarrão.
Senhor!
Até o silêncio entre uma e outra tragada do chimarrão pode converter-se em virtude. Casal unido pelo chimarrão permanece unido.
Obrigado Senhor pelo chimarrão!

Homenagem prestada à empresa pelo Colégio Estadual Mario Quintana (Barão de Cotegipe)


quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

GAUCHO BOBO

gentileza de Bernardete Angela Manosso

O gauchão entra no banco e vê o maior rebuliço.
Todo mundo procurando alguma coisa no chão. Só outro gauchão está paradão, firme, nem te ligo, indiferente ao nervosismo geral.

- O que houve aqui, tchê? pergunta o recém chegado pro outro.
- Foi um estancieiro que perdeu um cheque de quinhentos milhão e tá todo mundo procurando - responde o outro pro recém-chegado.

- Ué, e por quê tu não te mexe também?
- Porque o cheque tá debaixo da minha bota!

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

PRECE DO GAÚCHO

De Akbani Carlo de Oliveira

Patrão velho do infinito,
Perdoa meu jeito rude,
Mas é a forma que pude
De fazer minha oração.
Com verso de rima xucra
Escritas assim do meu jeito,
Mas que demonstram respeito
E esta minha devoção.

Patrrão velho me perdoa
Se nunca aprendi a rezar
Mas aprendi a respeitar
Os teus sagrados mandamentos,
E ande por onde andar
Tu sempre estarás comigo
Me livrando do perigo
E de ter mais pensamentos.

Por isso, meu bom patrão,
Aos teus pés agora venho,
Oferecer-te o que tenho
Esta fé, esta humildade,
E pedir-te meu patrão:
Me dê forças e alegria,
Que eu trabalhe dia-a-dia
Para o bem da humanidade.

Patrão velho, escuta
Este teu peão e cordeiro,
Que eu seja teu mensageiro
Semeie o bem não o mal.
Te peço que tu protejas
O gaúcho, meu irmão,
E ao pago dê proteção
Desde a serra ao litoral.

Que da mão do lavrador
Possa nascer boa planta,
E que na voz que se levanta
Do poeta e do cantor
Possam surgir lindas frases
Hinos de paz e harmonia,
Cantados com alegria
Em cânticos de amor.

Me dá forças, patrão velho,
P'ra criar a gurizada,

Junto com a china amada
Que sempre está ao meu lado.
Que nunca nos falte o pão,
Nos dê a calma e a paciência
Para que nossa existência
Não siga um caminho errado.

Patrão velho celestial,
Que é o patrão dos patrões,
Protegei todos os peões
Quando forem camperear.
Dê forças para que no pago
Reine a paz e a abundância,
E que o Rio Grande por ganância
Não venha aa se ensangüentar.

Outra coisa patrão velho,
Eu preciso tre pedir:
Que eu sempre possa servir
Meu irmão com alegria,
Que eu trabalhe honestamente
E não me sinta arrependido,
Que eu possa ser compreendido
Através da poesia.

Obrigado, patrão velho,
Por ouvir minha oração,
Foi feita com devoção
E com respeito também.
Me despeço, patrão velho,
Fazendo sinal da cruz,
Em teu nome e o de Jesus,
Do Espírito Santo, Amém!